Início no Grêmio e broncas do treinador
O experiente meio-campista Rafael Carioca teve uma boa passagem pelo Grêmio. O jogador, em entrevista ao Charla Podcast, no YouTube, relembrou os tempos em que atuava com a camisa do Tricolor Gaúcho, principalmente sob o comando de Celso Roth.
O treinador é conhecido por ser rígido com as atletas, independente se são novos ou veteranos. Já no primeiro contato, o técnico deixou claro o que esperava do volante. “Ele me subiu no profissional e no primeiro dia já mandou: ‘E aí, vai mostrar para que veio ou não?’. Eu respondi que precisava de 20 minutos pelo menos. Ele prometeu e cumpriu”, contou.
A primeira vez que o atleta entrou em campo pelo time profissional foi em um jogo do Gauchão. Performou bem e ganhou a confiança do treinador, que o bancou no time titular em seguida. Com apenas 18 anos, foi um dos destaques no vice-campeonato do Brasileirão.
O jogador explicou como a passagem pelo Imortal foi moldando a sua maneira de atuar: “No Grêmio, eu entendi que só jogar não bastava. Os caras eram enormes. Fui me adaptando até virar natural”, disse.
Leitura de jogo e capacidade de antecipação
Rafael Carioca nunca foi um jogador de força. O volante sempre chamou atenção pela leitura de jogo e capacidade de antecipação: “Eu gostava de cortar caminho, roubar bola sem fazer falta”, comentou. E frisou que as exigências de Roth eram intensas: “Ele me dava muito esporro. Muito mesmo. Eu era meio maluco também”, brincou.

Rafael Carioca atua pelo Tigres, do México, desde a temporada 2017/2018. (Foto: Azael Rodriguez/Getty Images)
O meio-campista comentou um caso que o marcou. Após o time ser derrotado pelo Vitória, entrando no ônibus falando em italiano ao telefone, sofreu uma dura do técnico: “No outro dia, na reunião, ele me detonou. Disse: ‘Moleque, não chuta uma bola, quer falar italiano? Tá achando o quê?’. Quase chorei. Mas aquilo me marcou”, contou.

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Gratidão
Apesar de todas as broncas, Rafael Carioca tem carinho pelo técnico Celso Roth, que foi importante no seu desenvolvimento como jogador: “Ele me ajudou muito. Aquilo ficou para sempre comigo”, concluiu.